27/07/2019

Como vestir o bebê com estilo em todas as fases

Como vestir o bebê com estilo

 

No primeiro ano de vida do bebê, e principalmente nos primeiros três meses de vida, a sua pele requer atenção especial, principalmente com os itens que entram em contato com ela, isso porque a pele do bebê é muito fina, pouco resistente e os vasos sanguíneos que a irrigam ainda não estão totalmente desenvolvidos e organizados. “Por isso, os pequenos não conseguem regular sua temperatura corporal; têm as mãozinhas e pezinhos mais frios do que o resto do corpinho e estão mais suscetíveis a irritações e alergias”, explica a pediatra neonatologista Graziela Del Ben, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo.

Por isso, segundo a especialista, devem ser escolhidas peças de corte largo, simples, sem golinhas apertadas, enfeites, zíperes, capuz, botões ou ganchinhos nas costas, que tanto incomodam os pequenos que passam a maior parte do tempo deitados. Como as roupinhas devem ser fáceis de colocar e de tirar – para não machucar ou irritá-los na hora do banho ou da troca -, as melhores são aquelas com velcro ou botões de pressão distribuídos nas laterais ou no ombro. Os tecidos são outro fator importante: os melhores são de fibras naturais, como malhas feitas com 100% de algodão. “Ao contrário dos tecidos sintéticos, que impedem a respiração da pele, malhas de algodão são mais leves, confortáveis e, como permitem que a pele respire, evitam irritações e alergias. Já os tecidos felpudos, como veludos e moletons, além das lãs, que soltam muitos fiapos, provocam alergias e devem ser evitados”, diz Graziela. Conforme ela ressalta, embora o linho também seja uma fibra natural, não é recomendado por ser áspero demais.

E embora o senso comum seja o de que os bebês sintam mais frio que os adultos – na verdade, eles perdem mais calor pela pele fina -, os especialistas afirmam que a sensação térmica é praticamente idêntica. Por isso, nos dias muito quentes basta um body sem manga, deixando livres bracinhos e perninhas. Quando sente frio, o bebê geralmente espirra, soluça e tem as extremidades de seu corpinho mais frias. Aí é só colocar um casaquinho, meias ou uma calça. Por essas e outras é que as mamães devem prestar bastante atenção aos sinais dos filhos para saber se estão confortáveis, suando demais ou irritados.

Dos 3 aos 6 meses

 

Nessa fase o bebê ainda não se mantém sozinho sem a ajuda dos pais e familiares, porém nesse período ele já começa a se movimentar bastante, chegando a mudar de posição no berço. Apesar das mudanças serem perceptíveis, a orientação dos especialistas continuam as mesmas: as roupinhas devem continuar práticas, folgadas, confortáveis, confeccionadas em tecidos de fibras naturais, fáceis de abrir, de tirar e de colocar. “Apesar de lindas, as roupinhas confeccionadas com outros tecidos, bem como alguns modelos de vestidinhos são desconfortáveis e devem ser reservados mais para ocasiões especiais”, diz a pediatra Marianne Paiva Carneiro, da clínica Vaccini, no Rio de Janeiro. Segundo ela, as peças de cores claras são as mais recomendadas para uso em dias mais quentes, porque cores escuras absorvem mais luz. “Outro aspecto a ser observado é o acabamento das costuras, bordados e apliques. Quando o acabamento é ruim, além do desconforto, há maiores chances de alergias e irritações na pele do bebê”, diz. Como ela destaca, fechos, botões e detalhes em excesso sacrificam o bebê e atrapalham pais e cuidadores ao dificultar a frequente troca de fraldas e de roupas do bebê.

A qualidade é outro item importante na escolha das roupinhas – o que não significa que devem ser compradas peças caríssimas, de grife. O que conta, nesse caso, é o tipo de tecido e o acabamento para resistirem às repetidas e frequentes lavagens na máquina. Como entre os 3 e 6 meses os bebês ganham muito peso e altura, perdem as roupas muito rápido, uma dica bacana, é que o armário do bebê tenha pelo menos seis peças dos itens básicos, como body de manga curta e longa, calça, calcinhas ou tapa-fraldas, meias, além de macacões, macaquinhos ou vestidinhos e dois ou três casaquinhos.

Muito importante na hora de montar o enxoval é observar a estação do ano e clima típico da época em que o bebê estiver nessa idade. Muitas vezes ele nasce no verão, mas depois de três ou quatro meses o tempo já estará mudando e vice-versa.

 

De 6 meses a 1 ano

 

como vestir o bebê com estilo

É nesse período que o bebê começa a se sentar, engatinhar e andar e portanto, estarão sempre em movimento. Um motivo a mais parar continuar escolhendo roupinhas confortáveis e práticas. O ideal, segundo especialistas, é que as peças não dificultem os movimentos do pequeno. “Ao começar a engatinhar, o bom é estar sempre de calças, mesmo que de tecidos mais finos, para proteger o joelho do atrito com o chão mais áspero”, lembra Mariane.

Por se mexerem o tempo todo, nessa fase os bebês não sentem tanto frio e precisam de menos agasalho. No verão, em regiões muito quentes, acabam ficando com fralda e camisetinha ou macacões curtos. “Quando expostos ao sol, preferencialmente no começo da manhã e final da tarde, é importante que eles usem chapéu e filtro solar”, ressalta a pediatra. Em regiões mais frias, o bebê continua tendo que ser bem agasalhado. Com o tempo instável, é preciso sempre ter à mão roupinhas e casaquinhos extras para quando sair com o bebê. “Nessa idade, os bebês adoram se olhar no espelho e gostam muito de cores vivas. 

Os tecidos de malha 100% algodão continuam sendo os mais recomendados para essa fase, mas lembre-se de não usar nada muito justo, já que nessa fase muitos bebes já engatinham, brincam e muitas vezes começam a dar seus primeiros passos. Como as crianças mais novas, as mais crescidinhas também se sentem incomodadas com muitos recortes e detalhes. Assim, a boa pedida são macacões, conjuntinhos de duas peças, bermudinhas, bodiesi-saia, camisetas, calças compridas e casaquinhos.

Até pelo menos os nove meses, os bebês não param com sapatos nos pés – o que frustra muitas mamães. E como os pezinhos são muito pequeninos e delicados, é aconselhável a compra de sapatinhos maleáveis feitos à mão em couro ou tecido ou até mesmo meias que imitam sapatinhos. 

A qualidade também é importante não só quanto à beleza e durabilidade, mas também em relação à segurança. “Um botão, por exemplo, pode ir parar na boca de um bebê se não estiver bem preso. “Detalhes bonitos atraem a atenção do pequeno e nunca pode haver o risco de que se soltem”, adverte Marianne.

Os tamanhos e quantidades das peças necessárias variam conforme o biotipo da criança. Algumas já são grandes e continuam perdendo as roupas com muita facilidade. Outros são mais longilíneos e as roupas vão ficando curtas, mas podem ser usadas ainda em casa por um tempinho. Conjuntos de duas peças e calças sem pé, além dos vestidos, geralmente são usados por mais tempo do que as calças de pé. Os macacões continuam sendo uma boa pedida por conta da praticidade de vestir e por deixar a criança bem confortável.

De 1 a 3 anos

Como vestir o bebê com estilo

A partir do primeiro aninho, o bebê aprende a andar, a subir e descer escadas, cadeiras, sofás e, em geral, deixa de usar fraldas. É um período de descobertas, no qual tudo é novidade. Nessa época, o uso de meias antiderrapantes garante mais conforto e segurança; as roupinhas devem ser simples, práticas de tirar e colocar e ao mesmo tempo resistentes às quedas, às frequentes lavagens na máquina e fáceis de passar. E por estarem ativas o tempo todo, as crianças precisam de roupas leves e frescas, de tecido de boa qualidade. Esta é também a época em que a própria criança começa a querer usar fantasias nas festas e na escola, em dias especiais. “É importante respeitar o gosto da criança sem prejuízo do conforto. Muitas vezes as mães gastam uma fortuna com fantasias em tecido duro ou roupas com muitos babados e detalhes engomados, que muito incomodam os pequenos, quando devem escolher fantasias com tecidos macios e maleáveis, como malha”, lembra Marianne.

Entre as peças que não podem faltar no guarda-roupa do bebê estão conjuntinhos de duas peças, camisetas, calça em ribana, jeans macios e sarja, casacos, vestidos, shorts, saia, e demais peças confortáveis que combinem entre si, confeccionadas em tecidos de boa qualidade e bom acabamento. Afinal, nessa fase as crianças já não perdem roupa com tanta facilidade. Uma bermuda pode virar um short; um vestido mais compridinho pode ser usado mesmo um pouco mais curto. Uma recomendação é ter peças de cores lisas para alternar e combinar com os estampados do armário. Shorts ou saias brancos ou jeans, por exemplo, podem ser usados com vários tipos de blusas e batas. Não podem faltar também pijaminhas de algodão, sem botões ou apliques, para uma confortável noite de sono.

A quantidade de peças nessa fase do bebê vai depender de vários fatores, se vai à creche e usa uniforme, se a família sai frequentemente, enfim, o ideal é adaptar o guarda roupa do bebê para a realidade da família e investir naqueles itens que normalmente a criança mais usa. 

Para o alívio das mamães, os especialistas têm uma boa notícia: o termo ‘roupas práticas, confortáveis e seguras’ não é sinônimo de roupas feias, sem graça. Tanto que é possível encontrar peças que reúnem todas essas características e ainda por cima são super descoladas, com cores alegres e divertidas para deixar o bebê ainda mais fashion.